Acertar o passo
O Papa Bento XVI encontra-se em viagem pela sua Alemanha natal e nos discursos e homilias que já proferiu, para além de ter classificado de “chuva ácida” o nazismo e o comunismo, encontrou-se com algumas das vítimas da pedofilia em instituições católicas, tendo-se confessado perante elas “comovido e abalado”. Ao mesmo tempo e num encontro de jovens, o Papa afirmou que a Igreja jamais poderá aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Começa a ser um hábito estas desculpas tardias da Igreja e dos Papas relativamente a situações negativas do passado. Se o combate ao comunismo foi recorrente no tempo em que a cortina de ferro dividia a Europa, não consta que Pio XII tenha sido veemente nas criticas e no combate ao nazismo quando milhões de judeus eram perseguidos e mortos na Europa, nem tão pouco se assistiu à implementação de medidas duras logo que a questão da pedofilia começou a ser denunciada em algumas instituições católicas. As desculpas não se pedem, evitam-se. Os tratame...