Intermitências de “Amigos de Alex”
A nossa geografia, que é gémea siamesa da nossa história, é a soma das coordenadas de todos os lugares que nos inventaram, com destaque, mais do que legítimo, para aqueles onde fomos felizes. E as memórias que desse chão guardamos, desmentem a aridez do pouco, que, às vezes, se vê, elevando-o ao estatuto de templo sagrado. Hoje, durante todo o dia, fui acompanhando, de forma intermitente, o programa da RTP1 sobre jardins históricos, transmitido a partir do Paço Ducal de Vila Viçosa. Fiz a foto num desses momentos, não porque o cantor esteja algures entre as casas das pessoas, escravas ou não, que serviam o duque, e mais tarde, o rei, mas porque ele está situado exatamente no ponto que unia a sala 7 com o acesso ao bar e às salas do pavilhão que abrigava a sala de professores da minha escola secundária. O edifício à esquerda era o ginásio, inventado a partir do picadeiro do Paço, e ao fundo vê-se o portão por onde entrávamos. O lago não existia, porque foi aqui instalado nos anos