Não sou ateniense, nem grego…
Depois de tantos anos a sorrir, mas em tons de amarelo, àquela graça feita da dedução pacóvia e bacoca de: - És alentejano, então és comunista. Confesso que ainda não me acostumei à novíssima versão, supostamente nos antípodas da outra: - És alentejano, então és fascista. Curiosamente, sem eu jamais ter votado, ou fazer intenção de votar, nos partidos envolvidos em tal contenda, e continuando, impenetravelmente orgulhoso desta graça de ter nascido aqui, na terra única e generosa, que se distende e alisa ao sol e à lua, para que jamais nos falte a luz. Mas para que é que interessa a minha identidade? Dá muito mais jeito ser assim, ser primário e irrefletido, classista e elitista, colocando os rótulos sem “perdermos” tempo a olhar, com reais olhos de ver, para a pessoa que temos à frente. Por falta de tempo, mas, quase sempre, por déficit comprovado de inteligência e pela sua consequente cegueira. A identidade, por estes dias, é um privilégio reservado ao próprio na glóri