Fado – Património de Lisboa, de Portugal e da Humanidade
Quem um dia te viveu, Lisboa, Conhece de cor as voltas do teu canto, E sabe que o fado que a gente entoa, É o canto da saudade em tom de pranto. A viela mais estreita do bairro antigo A que a sardinha vem dar o cheiro a mar, Oferece-me o eco para o pregão que eu digo E é palco perfeito para o fado cantar. Cerro os olhos com alma e com garra E ofereço ao corpo um ar sério ou gingão, Para que ao primeiro triste acorde da guitarra Me salte para voz o que está no coração. Um dia quis também Deus fazer Seu, Este canto luso da alma de todos nós E marca de perfeição então lhe deu Criando Amália e lhe dando a voz. E assim com esta marca de divino O fado ganhou asas e foi pelo mundo Mostrando que de Portugal é mais que um hino É saudade, é povo e amor profundo.