Bibliotecas, trincos e Madalena Iglésias
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Existe uma velha anedota acerca de um Alentejano, por certo meu compadre, que algures numa aldeia remota, entre sobreiros, esteva, e giesta, se questionava sobre o porquê de ser gratuito, o acesso aos livros na biblioteca itinerante da Fundação Gulbenkian. A insistência do homem relativamente a tal benefício levou a que, certo dia, o bibliotecário lhe tentasse explicar: - O Senhor Gulbenkian era um homem muito rico e com muitos poços de petróleo... Tendo esta frase sido suficiente para o Alentejano concluir: - Não diga mais nada, que eu gasto pelo menos dois litros de petróleo no candeeiro, para poder ler os três livros que todos os meses levo daqui. Há já muito tempo que nos habituámos a esgravatar os atos, os gestos ou as palavras boas, acreditando que por detrás de todos eles existe, mais ou menos camuflado, um interesse qualquer. O amor, na sua vertente mais desinteressada, que é a amizade, parece ser coisa de outras eras. E quem não sofreu já o bombardeamento d...