As rosas… tal qual a vida
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Aos sábados e domingos de manhã, um pouco antes da missa, gosto de visitar o túmulo do meu pai. Não o faço por qualquer traição ao Céu, se é aqui, nesta terra vermelha do barro de Vila Viçosa, que permanece adormecido o colo, assim como os beijos, dos meus tantos instantes de Céu. Faço-o por fé e fidelidade. Nestas alturas gosto de trazer uma flor que tenhamos num dos vasos da varanda, sem qualquer pretensão, às vezes até muito pequena, mas colhida entre mim e a minha mãe, um pouco antes de eu sair de casa. No fim de semana passado não conseguimos ver aberto um muito promissor botão de rosa, que na manhã de segunda-feira nos brindou, finalmente, com todo o seu esplendor. Como na vida poderá faltar tempo para tudo, mas nunca para cumprir os mais simples detalhes de amor, colhemos o botão, e, de saída para Lisboa, fiz um desvio e fui colocá-lo no túmulo do meu pai. Ainda que por entre uma Ave Maria com pouco fôlego, mas aquilo que se diz, e o modo como se diz, perde sempre para o tanto q...