Crescer nunca dói para quem tem amigos como tu
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As pedras do imenso passeio em frente ao Café Framar conhecem-nos os passos desde o tempo em que os embrulhávamos no riso farto das nossas longas tardes de brincar, quando as sirenes das oficinas de para lá de São Bartolomeu nos apanhavam a tatuar cumplicidades sob o cheiro intenso das laranjeiras da Praça. “Um, dois, três, macaquinho do Chinês”… Sim, nós não conseguimos estar quietos nem por um segundo. Talvez só quando a tua mãe nos chame para partilharmos uma torrada e um fresco Sumol de Laranja que fomos buscar ao Café do teu pai, aquele estabelecimento que nunca cumprirá a tua vontade de se chamar “Café Pinguim”. Mas conseguirás ter um cão. E o que terá em comum a gaveta da direita do roupeiro do meu quarto de agora com o passeio em frente ao Framar? Em palavras escritas nas longas cartas que trocávamos entre Portalegre e Lisboa nos tempos de Faculdade, a cumplicidade e o riso que persistem em infinitas histórias e no eterno non-sense. “Imensa paprikaaaaa”… O t...