Desapertámos a alma para que os braços perdessem o pudor...
Desapertámos a alma para que os braços perdessem o pudor, as mãos deitassem fora os limites entregando-se inteiras, e para que os nossos olhares tingissem os dias de um inesquecível tom de azul. O céu é este instante que nós sabemos criar, na praia onde os meninos brincam ao sol em rima perfeita com o ouro do meio-dia. Meninos que nasceram assim apenas para nos ensinarem a ser grandes... Porque somos maiores na área aumentada de um abraço, mais altos quando nos deixamos ser colo de alguém, somos pão de riso pelos gestos e pelas palavras, somos gigantes quando as mãos se oferecem em cadeias que parecem não ter fim. E a alma que flui em liberdade nessas praias onde todos brincamos com a areia e as ondas que vão e vêm cumprindo os caprichos da lua. Todos juntos não há quem não ande e quem não sorria… Não há mãos que faltem Todos juntos...