Que estranho arranjar-se um dia para falar de amor, se é a vida toda que me ofereces quando saímos os dois para namorar...
Que estranho arranjar-se um dia para falar de amor, se
é a vida toda que me ofereces quando saímos os dois para namorar.
O previsível apaga-se rendido à surpresa e até o
calendário acaba por se desmoronar...
Pode até ser Fevereiro, chover ou fazer frio, mas o
teu abraço que me aconchega debaixo de um chapéu verde enquanto caminhamos pelo
Rossio, traz com ele o sol que inflama o céu nos dias quentes de Lisboa.
Somos nós quem inventa e desenha as pétalas que
ressoam das roseiras que suplantam o musgo da calçada, são nossos os corações
doces que se escutam um ao outro trazendo-nos à memória aquelas letras das
velhas canções que aprendemos no vinil…
E dispensamos o chocolate.
Deixamos que os gestos acompanhem os olhares no
redigir de longas cartas sem papel e sem letras, mas que falam inevitavelmente
de amor. Poemas com a rima informal da cumplicidade de quem se deseja com a profundidade
de todas as células.
Eu amo-te.
É claro que sim, e não é só muito, é todo.
Porque se tu não existisses eu jamais seria eu… assim.
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