Somos tudo do tanto que de nós se espreita num beijo…
Há
mãos que nos destapam os sentidos por entre o muito subtil encontro à esquina
de um instante qualquer.
Mãos
eleitas de entre tantas que nos abraçam.
E
enquanto as palavras saem toscas mas enleadas nos aromas das flores que são
prenúncio do melhor mel, quem nos olhar com atenção percebe claramente que já
nada separa esse tempo, do sonho que fomos guardando na mais recôndita intimidade
de nós mesmos.
Morreram
então já os equívocos na muito estreita e tão curta viela que se abre em nós
para um beijo.
Com
janelas com vista para o rio.
Como
que se quiséssemos tomar de um trago todas as palavras de amor.
Nós
somos tudo do tanto que de nós se espreita num beijo…
E
seguimos depois empurrando o tempo, e até inventando Fevereiro, só para que não
tarde nunca a primavera, e para que ela possa entrelaçar as flores nas palavras
que as tuas mãos vão descobrindo por entre a festa completa dos meus sentidos.
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