A amnésia é o A de Portugal…
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Lado a lado com Pátria, Ousadia, Revolução, Trabalho, União, Genialidade e Liberdade, a Amnésia é, definitivamente o A de Portugal. Será de há muito evidente tal constatação, que até D. João I, algures entre os séculos XIV e XV, recebeu como cognome “O de boa memória”, talvez por ter sido uma honrosa exceção. Numa terra onde a vaidade se engraxa todos os dias pelo resgate claro, e aparentemente lúcido, das virtudes e feitos seletiva e estrategicamente lembrados e hiperbolizados até ao estatuto de heroicos, a amnésia cumpre a missão de degredo da incompetência e da ilicitude, para lá da função de “Deus me valha porque eu até nem tenho pressa”. Sem o pudor, rasgado há muito em conjunto com os “mantos diáfanos da fantasia”, os políticos e gestores passam pelas comissões de inquérito aos negócios ruinosos da banca, não se recordando de nada que os possa comprometer, fazendo de cada “não me lembro”, uma faca de gume afilado até à dignidade dos contribuintes honestos. ...