QUE 2023 NOS ENCONTRE FELIZES

Por mais que janeiro pareça indiciar o reinício, não existe tempo, que só por si possa ser, ou fazer-se novo.

O tempo é o tempo, inevitável contagem, e novo só poderá ser o Homem que o agarra e assume, predispondo-se a vivê-lo com a sua verdade até ao detalhe de cada milésima do seu ser.

Para que serve voltar ao dia um, se sobre ele impera a velhice do coração triste?

O sucesso do novo ano será a expressão do nosso compromisso com o melhor de nós mesmos, a paz será o desabrochar dos nossos corações lavados, a fé terá a força do tanto que podemos sonhar, a festa, por entre o fogo do riso à solta, será o encontro da liberdade de todos, no chão comum aonde desabrocham as rosas, e o amor, sem pudores ou convenções, dar-nos-à a chance de sermos inteiros numa casa com beijos, como janelas, abertos ao mais fascinante horizonte.

Cesse, pois, tudo quanto a “velha” astrologia canta, porque a estrela somos nós, mulheres e homens, a brilharmos pelo abraço, e pela palavra, sobre os silêncios e as solidões do mundo.

Viva, pois, o Homem novo, gente de coração inteiro e ressuscitado, porque 2023 será apenas um detalhe quase insignificante do tempo, uma migalha sem relevância perante a eternidade que se guarda no coração.

 

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