Ouro sobre azul, e às vezes também azul sobre o ouro…
Ouro sobre
azul, e às vezes também azul sobre o ouro numa manhã que Maio foi
acendendo até à luz clara e intensa da melhor primavera.
Que
importa a ordem dos factores, dos tons, das cores... se de tudo se
compõe afinal este céu que somos nós.
O
céu será sempre a nossa liberdade, uma rua onde os passos e os
gestos nunca tropeçam na contradição para se estatelarem depois na infeliz
banalidade.
O
céu é este beijo que nunca se atrasa porque o instante em que
tu chegas é sempre a hora certa.
O
céu tem paredes desenhadas com as letras de um poeta, o traço louco de um
qualquer artista.
O
céu é um assento esculpido na pedra na margem do rio, é um rito profano,
sagrado, é um sim, um não, a coerência de um ponto de vista.
O
céu é um libreto, a música, a encenação, um concerto, a voz.
Ouro
sobre azul?
Ou
o inverso?
Mas
o céu somos sempre nós.
Até
amanhã, para voarmos juntos!
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