Pretty portuguese woman
O
sol aqueceu, os dias ficaram maiores, as praias chamam por nós, sentimos a
urgência do bikini e do calção de banho, abriram-se toldos nas esplanadas,
apetece-nos comer gelados e temperar de gelo as bebidas… não há crise que nos mate
o verão.
E
se nós, os homens, somos algo tímidos e conservadores na hora de enfrentar a
época estival, reconheça-se que as mulheres a recebem com o esplendor que
desemboca no mais requintado glamour.
Para
começar observem como a mulher portuguesa decidiu enfrentar este verão a partir
de cima.
Olhem
à vossa volta e vejam como todas as mulheres que conhecemos cresceram pelo
menos 10cm fruto de tacões gigantescos acompanhados de mais ou menos
compensação na biqueira dos sapatos (obrigado Albertina pela aula de Sapatos
Compensados). Hoje pedi licença a uma colega e medi-lhe o tacão: 12,5 cm.
Record
incrível.
Fixem-se
apenas nos pés de um grupo de amigas em qualquer sítio público e comprovem a
sensação de se estarem a cruzar com um grupo de Drag Queens em digressão ao estilo Priscilla Raínha do Deserto.
Eu
não sei se estes saltos são considerados doping
em concursos de beleza, mas se não forem, as Venezuelanas que se cuidem no
próximo Miss Universo.
E
se os tempos são cinzentos, as mulheres decidiram dar-lhes cor e vai daí não se
espantem se as vossas amigas usarem as unhas pintadas de verde, azul, laranja,
para lá do tradicional vermelho, ou se inclusive pintarem as unhas, das mãos
e/ou dos pés, com cores diferentes alternando-as consoante os dedos.
E
unhas com bonecos, estrelinhas e brilhantes? Vale tudo e é vê-las pacientes em micro-stands
de corredores de Centros Comerciais.
Mas
há mais…
Para
além de altas e coloridas, hoje fiquei também a saber que as mulheres decidiram
enfrentar o verão, “drenadas”. Isso mesmo.
Hoje
apanhei uma colega a misturar uma carteira de pó com um litro e meio de água,
mistura da qual resultou um líquido amarelado que se propôs beber ao longo do
dia, e quando a questionei sobre a utilização do dito, respondeu-me:
-
É para fazer drenagens.
De
quê e por que via?
Confesso
que não tive coragem de lhe perguntar.
Contra
os formalismos excessivos e porque o calor faz libertar as feras que há dentro
de nós, aí está também o verão a ser vivido com as mulheres revestidas por invólucros
ou adornadas por padrões de cobra, tigre ou demais feras. Carteiras, sapatos,
camisolas, t-shirts, tudo por estes dias carrega um ar a Africa Minha ou, pelo
menos, Badoca Park.
E
os cabelos?
Salvo
algumas excepções, louros. Da cor do sol e dando continuidade à “suequização”
da componente capilar das cabeças femininas lusitanas.
Se
através de nuances ou madeixas, confesso que não sei nem quero saber, distingui-las
é para mim o pior enigma do universo.
O
que me interessa isso sim, é que de cima, coloridas, bem drenadas, com corpo de
feras e louras, as portuguesas vão enfrentar o verão da crise com toda a classe
e por certo dispensando anti-depressivos.
Um
exemplo a seguir.
Sem dúvida que muitas mulheres fazem inveja Priscilla Raínha do Deserto.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMulheres são como maçãs em árvores.
ResponderEliminarAs melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
RUI PEREIRA
Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
ResponderEliminarRUI PEREIRA
De sapatos de mulher, pouco sei. Acima de tudo cada uma deve usar aqueles que lhes sejam mais confortáveis, ou então, os que mais as favoreçam. Ouvir falar de sapatos lembrou-me porém um recente e excelente livro que fala da solidão. Chama-se "Sapatos italianos", é de Henning Mankell, e não é policial. Leiam, sobretudo se têm mais de 60 anos, ou se querem saber o que lhes pode acontecer quando lá chegarem e estiverem sózinos.
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