O nacional "poucochinho"
Se há características que reconheço em nós portugueses, e com as quais pouco ou nada me identifico, elas são a falta de ambição e a resignação. A primeira encarna em si um pessimismo crónico e doentio que jamais assume o sucesso como destino, muitas vezes não é pela falta de vontade, garra e querer, que até existem, mas é tão só para jamais nos termos de arriscar a explicar o insucesso quando antes manifestámos publicamente a vontade de vencer. É que não faltarão vozes que no coro trágico da moral lusitana, a gritar e a condenar: soberba. Alinhados com este comportamento, não posso deixar de me manifestar chocado por em plenos Jogos Olímpicos, não haver um único atleta português que assuma que vai a Londres para ganhar uma medalha. “Não prometo nada”, “é muito difícil”, “depois logo se vê”… Esta mentalidade é a melhor semente para não colher nada. Estas frases são a vacina que previne a condenação do insucesso que é sempre colocado com maiores probabilidades de ocorrer do que...