E os egrégios avós à volta nas tumbas
Mas
vi num noticiário desta semana.
Um
tal candidato de nome Vitorino, ou Tino, de nome, que “tino” parece ter
efectivamente pouco, apareceu a abrir um buraco na areia de uma praia de
Espinho para depois aí colocar um tronco seco. Segundo as suas palavras imitava
os Descobridores de quinhentos e os padrões que deixavam nas “novas terras”.
Vasco
da Gama ainda deve andar às voltas na sua tumba nos Jerónimos e todos os egrégios
avós devem ter ficado roucos e loucos.
O
facto é que estando como está a República, porque é que a campanha para a
presidência da dita poderia ser diferente e para melhor?
Até
a Simone, que nós acreditávamos ter derrotado a Madalena Iglésias com a garra
do milho rei nas desfolhadas da vida, veio agora revelar que o segredo do seu
sucesso é o Calcitrin que toma para as articulações e que compra na TV Shop…
No
mesmo noticiário desta semana, Marisa Matias aparece a visitar o Museu da CP no
entroncamento, e aquela que pretende ser a tal “uma por todos”, só poderá ter
ido em romagem de fé à terra onde os nabos podem virar fenómenos.
Maria
de Belém, cada vez mais parecida com a boneca do Contra, “Maria de Ninguém”,
cumpria o seu estatuto de “Maria de Nada” e visitava mais um lar de idosos no
âmbito do processo de selecção de locais para servir refeições a Chefes de
Estado estrangeiros em visita oficial.
Sampaio
da Nóvoa imitava Paulo Portas em mais uma ronda de Feiras, com uma vendedora a
gritar o seu apoio mas sem se recordar do nome do candidato. Aliás, nem do nome
nem de nada, que fica a sensação de que se este candidato tiver sucesso, tal se
ficará a dever única e exclusivamente ao vício por Raspadinhas que atacou
Portugal. O que é que ele pensa? Surpresa por entre a coerência do seu silêncio
de décadas.
Sabe-se
que aqui há uns anos fez um excelente discurso no Dia de Portugal.
Marcelo
apareceu em Santarém na sede do Nóvoa a comer croissants em formato miniatura, com ar de que está tudo bem e que
a Presidência é afinal um Petit four;
não parecendo nada preocupado com o diagnóstico de hiperactividade feito pela
Maria de Belém, ou até com a possibilidade de alguém descobrir que ele com
cinco anos roubava Sugus aos colegas
numa creche do Estoril.
Poderia
pelo menos ter comido um Portuguesíssimo e Ribatejano Pampilho…
Dos
outros candidatos nada a assinalar para lá das arruadas sem gente.
Pelo
meio…
O
Primeiro-ministro, que já varreu a dívida ao FMI para debaixo do tapete,
“lixando” quem vier a seguir e tiver que lidar com a Troika, já se precaveu contra eventuais derrotas e dividiu o apoio
como Salomão. Mandou no entanto a mãe sentar-se ao lado do Nóvoa. Lá na rua
quando brincávamos e um tipo fugia das brigas para mandar depois a mãe em sua
representação, raramente beneficiava da atribuição de nomes muito bonitos.
Mas
as mães, vivas ou mortas, andam na berra.
O
Ministro da Cultura, a comprovar que a existência de um Ministério da Cultura
não é garantia de Cultura num Ministério, pelo menos para a cultura do bom
senso; veio afirmar que se a sua mãe fosse viva por certo apoiaria Maria de Belém.
Estará a candidatar-se aqueles programas da TVI em que alguém fala com mortos?
Também
não se sabe ao certo em quem a Amália votaria se ainda fosse viva, mas fontes
do Panteão, e muito bem informadas, garantem que ela e o Almeida Garrett já
estão em negociações com o Eusébio para que ele dê um chuto nisto tudo.
Mas
um chuto valente… à campeão.
Comentários
Enviar um comentário