Enquanto as árvores se vestem e vão adornando aos poucos para a festa que Maio sempre oferece à Primavera...
Enquanto as árvores se vestem e vão adornando aos
poucos para a festa que Maio sempre oferece à Primavera, eu entretenho-me à
conversa com o sol do meio dia, tomando-lhe as palavras em verso que depois
cantarei por aí à esquina de um tempo qualquer.
Os pardais já polvilham o silêncio com o seu chilrear
rebelde, e o chão transpira verde a memória das águas que passaram por aqui a
caminho da ribeira que por isso explode agora de aromas de poejo e hortelã.
Levantei-me cedo, despertei o olhar na fonte fresca da
beira do caminho, assobiei os louvores ao campo em rima com os sinos no bater
das trindades em salmos informais sem versículos ou forma, e deixei-me ir
ficando por aqui, sentado deste lado onde a vida não dói e onde tudo é
diferente numa nova perspectiva.
Quem ama deixa de ter a noção de que sorri, aqui
sentado à conversa... com o sol e com os minutos que passam sentindo a
primavera na memória da tua mão perfumada com a Colónia número dois da Claus de
ACH Brito.
O que dizemos?
Está tudo guardado nos meus versos. Falam
inevitavelmente de ti.
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