Abraço azul
Lisboa é um imenso abraço azul onde o céu, o Tejo e o
mar nos beijam na perpétua perfeição que é a poesia.
E a luz que pelo olhar nos acode à alma é a génese do
canto de água e mel tecido de sílabas sem quaisquer rimas, mas coerentes e
fiéis irmãs das pétalas viçosas de todas as rosas.
A verdade de Lisboa anula o rótulo de hipérboles no doce
que de si existe na alma dos poetas.
Trazemos semeados no peito jardins de infinitas cores
e no pensamento as velas soltas da ousadia de navegar.
Marinheiros sem Calecut, astrolábio, sextante ou
adamastores; gente de Lisboa, Homens com a alma tingida de azul por entre o
fado perfeito dos mais perfeitos e ousados amores.
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