Saudade
Fazem
eco os nossos passos na velha calçada, quando caminhamos, romeiros da saudade,
nas ruas desenhadas pela pedra que com nomes e rostos, preserva e eterniza pela
força do querer, aqueles que um dia vimos partir.
Há
ciprestes a desenhar horizontes, aquém e além muralhas, neste sacro território à
sombra da Senhora da Conceição, o eterno “quilómetro zero” da fé Calipolense.
Há
gente, muita gente…
…e
todos escrevem saudade na melancólica linguagem dos crisântemos.
As
nuvens por sobre nós, oferecem ao céu infinitos tons de cinza, e de vez em
quando, tímidas gotas de prenúncio de chuva, fundem-se camuflando as líquidas
expressões da alma que afloram aos olhares que roubamos aos transeuntes, e que entregamos
ao vazio, para que mais nítida se nos emerja a memória.
Tangem
os sinos que repicam e dobram a finados.
E
do alto do secular campanário, pela fé, nos fala Deus, a nós, saudosas Madalenas
carregadas de perfumes na manhã de domingo de Ressurreição:
- “Porque procurais entre os mortos?”
SAUDADES ! Neste dia todos nós temos saudades de quem partiu mas aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.
ResponderEliminarRUI PEREIRA
Saudade. Desde nova ainda criança que sinto saudade se é que posso chamar na verdadeira palavra eu chamo memória de um familiar muito querido Mãe, entre outros familiares. Este dia de finados está, e sempre estará na minha memória para sempre.
ResponderEliminarM. Pereira