Impõe-me o dever que eu também vá…
Um
Povo que não se revolta perante as injustiças e os ataques à sua dignidade, é
um Povo que se demite de o ser. A identidade de uma nação não está nas suas
fronteiras, está no código genético marcado a garra, força, espírito de luta,
orgulho e liberdade, de Gente unida não só pela história, mas também pela alma presente
de onde brota a vontade e a fé do melhor destino, um inolvidável futuro comum.
A
defesa da minha dignidade e o meu patriotismo exigem pois que eu hoje saia à
rua.
Faço-o
sem partido, perdi-o algures, não sei onde, neste mar da mediocridade que há
muito, há décadas, nos “governa”.
Faço-o
pelo passado e pelo presente, e sempre, tendo em conta o futuro. Direita ou
esquerda? Antes, agora ou depois? Não me interessa, também o faço como manifestação
de total intolerância pelas vãs desculpas típicas da imbecilidade e da
incompetência.
Faço-o
por imposição da fé, na manifestação de uma total intolerância perante a
injustiça dos poderosos, todos unidos, no aniquilar do Povo que querem vencido.
Na promiscuidade entre políticos e banqueiros na festa do “aguenta, aguenta”, é
o povo que come dos contentores do lixo, e “manda” o meu Deus que eu me
revolte.
Faço-o
por solidariedade, prestando-me a ser a voz dos que já foram obrigados a partir
para lá das fronteiras, para muito longe da terra e da gente que amam.
Faço-o
por solidariedade, prestando-me a ser força para os muitos que querem trabalhar
e o não podem fazer, gente honesta obrigada a hipotecar a sua autonomia numa
imolação imbecil no altar da alta finança.
Faço-o
pelos que trabalharam durante décadas, alimentando o Estado Social e sempre na
legítima perspectiva de um futuro tranquilo, e que agora, no tribunal da
incompetência da política, são identificados como culpados e condenados a uma mísera
mensalidade que os ofende em tudo, e sobretudo na dignidade.
Faço-o,
exigindo honestidade, competência, sentido de Estado e muito rigor na gestão do
muito dinheiro que eu, como muitos mais, invisto todos os meses no meu país. O
Estado Social não está agonizante por falta de verbas, assim alguém as soubesse
gerir.
Faço-o
por todos, e claro, também por mim.
Pelo
futuro.
Por Portugal, impõe-me o dever que eu hoje saia à rua e me manifeste.
MUITO BEM , FORÇA
ResponderEliminarRUI PEREIRA