2016
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8-F7iwIOPSAU6N2XTmWH6KYMMzMbqQsyHOhjhdMsSzbS7IMFBP4EtexF6ADr8poZFJdZ1FO9OoCh0sHdl2RPThV6GzTmtKyr2Ca6H45FMliyL2qHZ1jjuNXzTMp_R00tQ9FI5s4I-zYCy/s320/MiguelQuesada-1524.jpg)
A melhor forma de cruzar o tempo é com a liberdade a tiracolo; porque assim, com ela tão junto ao peito, garantimos que nenhum dos beijos que sonhámos, fica por dar… ou pelo menos por dizer. Não sei. É mesmo impossível saber quantas palavras desenhei copiando a alma antes e depois de Julho ter oferecido meio século à minha idade: dois livros, milhares de versos, rimas mais previsíveis ou mais ousadas, cartas e mensagens de amor… Quem não desenha a sua marca no tronco dos dias arrisca-se a morrer sombra, um equívoco atrás de uma idade qualquer. “Todos os Homens podem voar”, e eu voo, mas o abraço do olhar dos meus pais será sempre o melhor pouso para tudo e para “A noite em que os sonhos não entraram”. Quando a Mãe Inácia sorri e o Pai Artur diz “o meu gaiato”, eu sinto que ainda tenho a minha casa. Trago comigo de 2016 os brindes com vinhos de muitos sóis, os cafés e os jantares à mesa dos amigos, os dias de “Cozido à Portuguesa” na casa da Mina e da Natália; os golos d...