MANUEL JOÃO
Nenhum dos muitos e felizmente bons amigos que tenho se importará que eu diga que és o melhor de todos esses amigos. Não aplico aqui nenhuma escala especial de avaliação, digo isto apenas porque sinto que somos afinal muito mais irmãos do que propriamente apenas amigos. Um irmão extra oferecido pela vida e escolhido por mim por claro mérito teu. És feito da “massa” das pessoas de excelência, e eu por ti, ponho as mãos no fogo pois sei que jamais me queimarei. Crescemos juntos e a nossa amizade terá sempre a nossa idade, alicerçada nessa partilha que hoje fazemos à mesa do Restauração como antes fazíamos nas salas do teu segundo andar, alinhando os bonecos de um improvisado Jardim Zoológico e uma cidade cheia de carrinhos miniatura da Matchbox com que depois brincávamos. Brincávamos mas já com a ambição de ser homens quando fumávamos cigarros Kentucky às escondidas e atirávamos as “beatas” para o telhado. À hora do lanche, a tua mãe chamava-nos sempre para uma torrada e um Su...