Um passeio com “Cara de Mel”
Só a dona da pequena mercearia onde eu antes comprava os iogurtes para o pequeno-almoço parece ter resistido à “cirurgia plástica” que mudou a face da Rua da Escola Politécnica, em Lisboa. Até os empregados da Cister já não são os mesmos que antes comentavam connosco as notícias do jornal durante os pequenos-almoços de domingo que pegavam sempre com a hora do almoço, e onde tinha sempre lugar cativo o saudoso José Medeiros Ferreira. Mantém-se na “velha” pastelaria a memória do Eça, e num esforço grande da minha memória, ainda consigo ouvir o eco das nossas gargalhadas quando comentávamos as proezas vocais da funcionária que nos vendia as peúgas na Poli, o pronto-a-vestir quase em frente à Imprensa Nacional; criatura que insistia em “arfar” salmos, dado que era ela dotada de tanto jeito para cantar como eu de arte para fazer ponto de cruz. É tarde de sexta-feira e eu vou à missa das 18.30 horas na Capela de Monserrate, às Amoreiras. Há sol, há chuva lilás dos jacarandás e eu não re...