Um Homem feliz na sua versão de açúcar…
Sento-me numa pedra do caminho que o tempo à chuva se
foi entretendo a ornar de musgo, destapo os sentidos tornando-os vulneráveis às
palavras, acaricio o ramo seco que o vento tombou e que suspira triste pelo
beijo da sua árvore que apenas de longe o abraça de sombra; e são detalhes que
me pertencem, todos os traços arrumados em letras que vou rasgando e tatuando
sobre o chão de pó dos meus passos.
Descubro-me doce nestas manhãs de Agosto que o verão
acendeu com o sol intenso que a serra, contrariada, sopra de fresco e verde numa
brisa que passa por mim como revelando fugazmente aos ouvidos os segredos
guardados na intimidade da Terra.
Descubro-me doce…
Um Homem feliz na versão de açúcar que vou descobrindo
e moldando entre o céu e as pedras do caminho com que a Terra me abraça.
Sentado tranquilo à sombra das árvores.
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