Portugal 2012
Brava é a
gesta de argutos artistas,
Doutores
instantâneos e mestres de ilusões
Capados de
honra, medonhos alquimistas,
Sorvedouros do
erário público, Fundações.
Públicas, as
virtudes que de Estado dão pose,
Privadas, as artes
de negociatas estranhas,
Parcerias
criadas, que a ambição sempre cose,
E nas contas privadas
operam façanhas.
Campeões de
rotundas, portagens e asfalto,
De Olímpicas manigâncias,
mundiais recordistas,
Ganhadores de
medalhas sem ter de ir mais alto,
Bastando
esperar Junho e mimar “os artistas”.
Mata-se a justiça
e cozinha-se nova lei,
Destrói-se qualquer
prova: escuta ou impressa,
Porque a
corrupção nesta República é rei,
E a
salvaguarda das posses, o que mais interessa.
E assim, os
governados sucumbem pela dor,
E quem
governa, diz sempre não estar mal,
Nesta terra
que somos e a que devotamos amor,
O orgulho e a
nossa luta. Para sempre, Portugal.
Como diz o proverbio ,em terra de cegos quem tem olho é REI
ResponderEliminarRui Pereira