Fado, pedra e lua cheia
Sei
de um rio...
A guitarra portuguesa uniu-se aos
grilos e às cigarras, banda sonora de uma típica noite de verão alentejana,
para convidar a voz de Camané à perfeição do canto maior da alma portuguesa.
Como em qualquer viela de Alfama ou
Bairro Alto, em Vila Viçosa, no fundo da Pedreira D’El Rey entre o mármore e no
ventre mais ventre da terra lusa, o fado provou ser o que é desde sempre, a
expressão fiel do nosso mais pátrio e próprio sentir.
A lua cheia, cúmplice fiel e maior dos
amantes, indutora das sombras mágicas e oníricas das nossas noites perfeitas,
uniu-se-nos à alma e brilhou intensamente no silêncio que os muitos ali presentes,
quisemos oferecer ao fado.
O silêncio da nossa rendição à própria
alma.
E de amores, de vida, de encontros e
de nós, se fez o canto que fluiu palavra a palavra na expressão da arte dos poetas.
Do princípio e até ao fim.
Sei
de um rio...
Quando se gosta de um Fado, gosta se da música, do poema ou da pessoa que o canta?
ResponderEliminarFado e nosso, desde do sul o norte ,adoro o fado
RUI PEREIRA