Amo-te como nunca te saberei dizer
Talvez
eu nunca venha a saber qual a cor dos nossos entrelaçados passos pela cidade,
quando os braços e as nossas mãos nos acompanham na vontade, e se tocam na
suavidade e na paz de um eterno, certo e completo desejo...
Talvez
eu não consiga jamais encontrar palavras na nossa e nas outras línguas, que
possam fazer justiça ao sentir perfeito que nasce de um amor assim; tu, aquele
que a vida me diz ser o meu amor, único, primeiro e derradeiro, porque
irrepetível...
Talvez
não nasça nunca a música tecida pela inspiração dos mestres, canção ou sinfonia
que possa rimar com este momento que matou as saudades e fez real a esperança e
todas as promessas...
Talvez
não haja flores que bastem para narrar à gente o tom do sorriso que nos reveste
as faces...
Talvez
não haja fé igual à nossa aqui nesta hora, nem mesmo na fusão das preces dos
milhões de dedos que acariciam infinitos rosários...
Talvez
não exista pódio para a glória deste olímpico tempo nascido afinal da vontade
de não ser mais forte, não ir mais longe e nem mais alto; a glória de sermos
apenas nós mesmos coroados pelo louro da mais pura verdade...
Talvez...
Mas
o que são os nomes e os adjectivos perante a essência de um instante que
sentimos valer pela vida toda?
O
verdadeiro amor é inenarrável.
Hoje
ao acordar, ainda consegui palpar nos meus lábios, o toque e os aromas
perfeitos que lhes deram os teus; e no silêncio do leito onde às vezes choro
por ti, senti que te amo tanto, mas tanto... como nunca te saberei dizer.
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