O céu é esse perfume
Não me peçam que ponha os pés no chão, os dois atados aos grilhões do bom senso e escravos cegos da razão. Para onde eu vou é preciso ter asas, saber voar e não ter medo de às vezes seguir contra os ventos que sopram com a intensidade da voz tenebrosa dos adamastores. O céu é esse perfume de fazer nossos todos os dias, e as asas, as minhas asas, tomo-as dos abraços que vivemos nas tardes junto ao mar... Quando as gaivotas tomam de nós o exemplo, moldam a vontade e não se cansam de voar.