Sintra e uma noite de lua cheia


Na estrada escura que rasga a serra e tem tecto de carvalhos e pinhos, há entre muros e musgo, e entre os sete e tantos ais das mouras lendas, o eco eterno dos poetas, bênção, voz da Terra a namorar a lua que por estes dias está mais cheia do que nunca.
Depois do Lawrence's de Byron e Eça, abro as janelas; já há muito passou a meia-noite, e no sublime tom das palavras certas eu escuto incessante o teu nome.
Sintra repousa em doces travesseiros e encostada às esquinas enfeitadas por candeeiros e ténues gambiarras, para que do lusco-fusco com ar de mistério possa eclodir o Castelo e a Pena, a "explosão" de uma luz tão intensa e cúmplice da lua.
E o teu nome vai soando...
Será por eu te querer tanto?
Ou será porque tu vives nas sílabas todas dos versos dos poetas?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

TESTAMENTO DE UM ANO COMUM

Nossa Senhora das Descobertas

O MUNDO MAIS BONITO E CONFORTÁVEL NUM TEMPO A CHEIRAR A FLORES