O São Martinho… como todos os dias
Tem
muito de sol, o vinho que se espreguiça nas taças enquanto elas tilitam no
beijo que os nossos olhares enfeitam de liberdade e festa.
Vinho
novo…
Como
a força que te traz até aqui em cada amanhecer.
À
nossa…
Vida
e saúde assim trajando a luz que o cacho tomou do estio nas encostas íngremes rasgadas
pelos degraus que descem do céu e até ao rio.
Lá
ao fundo, no canto da lareira que acendemos há muito, as castanhas crepitam
chamando por nós.
E
não tardamos…
A
pele assim tostada sai de um só toque algures na passagem entre as mãos que a
arrefecem, o fumo apago-o com um beijo vestido de sopro; o mesmo beijo que
recebes depois na tua mão dando-me de caminho a bênção do toque na tua pele.
E
entre os olhares e as mãos que se desejam, à boleia do vinho e das castanhas, o
S. Martinho é um beijo imenso que eu te dou.
Como todos os dias…
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