Que mais poderá ser o Homem para lá da sua fé?
Que
mais poderá ser o Homem para lá da sua fé?
Um
castelo prolongou a terra conquistando o mar, inconformado com o espaço que o
tempo lhe deu; braço de pedra e alvenaria, estendido, e levando consigo os seus
sonhos oceano adentro.
Há
os gritos insolentes das gaivotas, a névoa densa do sol imprevisto de Novembro
temperado de sal, tolhem-se as palavras por entre os olhares perdidos no
horizonte claro que surpreendeu o domingo.
O
homem das castanhas diz que vende o calor às dúzias e o cauteleiro apregoa a
sorte… mas quem estará disposto a comprar por aquilo tudo que já tem?
Eu
sou o mar na constância de um gosto a sal, sou um castelo estendendo os meus
sonhos e definindo um espaço, sou um verão acendido pelo sol mesmo nas tardes breves
de Novembro.
E
não sou nada mais para lá desta fé que me define o ser.
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