“Aguenta, aguenta!”
Caro Dr. Fernando Ulrich, sou há muitos anos cliente do seu banco, e por isso um contribuinte activo através de juros, taxas e afins, para o lucro de 250 milhões que a instituição a que preside conseguiu em 2012. Felicito-o pelo facto de o senhor ser das muito poucas pessoas que neste país se pode orgulhar de ter crescido em termos financeiros no ano que passou, ano marcado por inúmeras falências de empresas de maior ou menor dimensão, e por um consequente e desmesurado aumento do desemprego que atirou muitos milhares de Portugueses para patamares bem abaixo dos limiares da pobreza. Tem portanto toda a legitimidade para estar feliz nas suas conferências de imprensa. Porém, permita-me que lhe faça algumas sugestões para que as possa usar, se assim entender, na pose e no discurso. Aprenda o que é o pudor e aplique-o activamente, evitando assim talvez, essa ridícula soberba de quem fala da riqueza que alcançou e reconhece por legítima a austeridade aplicada aos outros. O “Estado...