Amo-te
Amo-te.
Tu
sabes.
Repito-o
todos os dias sem data ou hora marcadas, mas quase sempre quando o sol já vai
alto na manhã.
E
também à noite…
Quando
se solta a poesia que só fala de ti e não se cansa de cantar uns olhos que me
trazem o céu.
Tu
sabes, são os teus olhos.
Amo-te.
Às
vezes “falamos” pelo silêncio…
E
para o amor, o silêncio é sempre mais verdadeiro do que as palavras,
aproximações tão redutoras que adjectivam e dão dimensão àquilo que carrega em
si a perfeição absoluta e é infinito.
Mais
verdadeiros são os beijos e os abraços. Por eles, fizeste do antes de ti,
pedaços simples e sem história no contexto da minha própria história.
Amo-te.
Mas
nunca trocamos flores.
Mantemo-las
vivas por entre as árvores do campo que nos dão sombra e fazem caminho ao sonho
de pisar todos os trilhos mão na mão.
Amo-te.
E
a mais ninguém poderei um dia voltar a dize-lo, depois de ser teu como sou, e
depois de te amar tanto como amo.
Porque,
de que vale o depois, como também o antes, se perfeito é o presente e amar-te
assim?
Amo-te.
E
assim será nos catorzes de todos os Fevereiros, nos catorzes de todos os meses
e nos dias todos que a vida ainda tiver para me oferecer.
Amo-te.
Tu
sabes, porque te repito isto durante o ano inteiro.
Mas
há ainda uma coisa que eu nunca te disse e que hoje te quero dizer:
- Só contigo, mas mesmo só contigo, admito partilhar os cabides que
estão pendurados no meu roupeiro.
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