E sempre sem margens…
Aqui
sob os suspiros cúmplices do luar de Lisboa, faço-me irmão deste rio e esqueço
todas as margens na suprema ambição de ser mar.
Aqui,
no momento que tu me ofereces e de onde tudo se avista pequeno; que a
eternidade não poderá ser mais nada, para lá deste abraço que nos faz respirar
o mesmo ar ao jeito de um longo beijo onde por entre barbas se libertam
palavras de amor.
Sem
margens…
Nós,
a eternidade e o mar.
E
o futuro, promessa deste instante, será um entrelaçado caminhar numa rua de
Lisboa atapetada de flores, por sobre as relíquias das lágrimas cravejadas na
espera em que apenas me alimentava da esperança que chegasses.
Uma
rua que conduz inevitavelmente ao mar.
E
o futuro seremos nós, o amor e um abraço de onde se soltam palavras de amor…
A
eternidade… e sempre sem margens.
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