Tu teces as manhãs em que me apetece cantar
Espreito
o Rupert Everett a desafiar a Julia Roberts para dançar ao som the “I say a
litle prayer for you”, numa batida que reinventa a famosa canção da Dionne
Warwick, e naturalmente alinho a minha voz com o som que se solta do i-Pad.
Há
manhãs assim, em cujo despertar parece insistir em querer prolongar os sonhos
da noite, inundando-nos dos melhores pensamentos naquele instante em que
abrimos os olhos e nos espreguiçamos alarvemente em todo o esplendor dos
lençóis brancos que ainda cheiram ao aroma campestre do detergente.
E
às vezes acabamos por saltar da cama a cantar.
Acho
que dormi toda a noite entrelaçado nos teus beijos, senti o tom quente dos teus
braços nos meus, e dormi embalado pelas tantas palavras que se soltaram de nós
naqueles instantes em que a lua chegou para nos alumiar na generosidade e na
ousadia de substituir o sol.
Guardei
detalhes, sorrisos, respirares, desabafos, segredos, revelações… e o teu olhar
foi hoje o primeiro pensamento por entre a consciência de acordar e sentir o
dia.
Fui
todo eu quem soltou o teu nome entre o mais doce espreguiçar.
E
depois, o café, o Bolo Lêvedo torrado, a compota… e a Dionne Warwick a puxar-me
para cantar.
Há
manhãs assim…
E
eu já não consigo imaginar uma manhã em que tu não sejas o primeiro pensamento
do meu despertar.
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