A coerência de um só céu
O
nosso beijo preserva o eco rubro das cerejas maduras, o canto doce que a terra
tomou do sol nas manhãs de primavera, enquanto se espreguiçava a alvas flores
na encosta íngreme que parece querer beijar o céu.
E
este canto veio connosco até à beira mar, trouxemo-lo até aqui aonde as asas
abertas das gaivotas rasgam o infinito, o tecto da casa perfeita que
construímos para namorar; enquanto nos espreguiçamos a beijos nas tardes
brancas de Lisboa.
A
coerência de um só céu a cobrir terra e mar, e o nosso beijo transversal a
latitudes, à longitude e ao tempo... compondo a poesia e convocando
intermináveis as palavras...
Como
cerejas por entre o rubro detalhe de um quase verão.
Comentários
Enviar um comentário