A amar-te como nunca e a olhar Lisboa
O calendário assinala hoje a mudança de um ano velho para outro que chega e se faz novo. Acredito… Mas perdi-me na contagem do tempo no exacto momento em que chegaste; que não importa mais a história feita de esperar por ti, e o presente nunca terá nome, número ou sigla, é tão só a vida, algo inacessível a adjectivos e contagens. Porém, às vezes sentimos as estações a passar por nós, palpando-as no frio ou no calor, nos aromas… em tudo o que se vai incorporando na aragem do Tejo, o rio que nos oferece as margens para namorar. A brisa que passa por nós e pelos nossos beijos para depois ir perfumar Lisboa com a poesia de um grande amor. Já se sentia a primavera quando os meus braços palparam pela primeira vez o toque e o calor dos teus, e aquele não sei quê que existe em nós e nos tece em tudo e nos lábios, a palavra amor; deu um definitivo sinal de si. O sinal de um definitivo amor, o tal amor que sobrevoa as calçadas desenhadas a preto e branco da velha Olisipo. E entra...