E às vezes é Dezembro!
Degustamos
sonhos “amassados” pelas nossas próprias mãos sob a bênção de ancestrais
receitas herdadas da nossa história; sonhos doces polvilhados de açúcar…
Colocamos
luzes, desenhamos caminhos, contamos histórias, ousamos falar de esperança…
sobre o musgo acumulado pelo tempo ao longo de tantos dias em que não vimos o
sol…
Escrevemos
listas para não esquecer ninguém dos que amamos. Todos têm de estar sempre presentes…
Perdemos
o pudor e as reservas todas para à vontade falarmos de amor, mandarmos beijos,
abraços… Até conseguimos dizer e escrever: “eu gosto muito de ti”…
Não
poupamos nas palavras; as doces e as de revolta perante a injustiça da dor de
alguém…
Não
intrometemos a nossa sábia racionalidade entre as crianças e a magia e a poesia
que se soltam delas…
Não
nos rendemos às coisas banais que sustentam as desculpas para adiarmos por mais
algum tempo aquele jantar, um encontro; às vezes só uma conversa à volta de um
café…
E
vamos seja onde for, fazemos quilómetros só para dar um beijo…
E
telefonamos mesmo que só para dizer olá…
Acendemos
as lareiras, bebemos mel, brindamos com o melhor Porto, comemos chocolates…
Ousamos
falar de Cristo e assumimos que Ele nasceu…
E
às vezes é Dezembro!
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