A verdadeira história da “Ratazana de Caxinas”


Na carreira para Caxinas
Entre cantigas e gritos
Segue a Tóia da Vicência
De cognome “A Ratazana”
Que é também filha do Alcides
Um Mestre Capataz

Com salão de beleza aberto há pouco tempo
Cabeleireira por bênção das Novas Oportunidades
Desafia todas as regras…
O bom gosto
O charme
A decência...
Com os penteados arrojados que faz
Ataques de Farandol a cabeças de todas as idades

O seu marido
O "João Ratão"
Com quem anda sempre atrás
É polícia daqueles à paisana
Mas pelo bom ar que apresenta mais parece andar sempre disfarçado de ladrão

Galã das dúzias
Que isso tem inscrito nos genes
Dá de olhar arremelgado para a Micas Garoupa que por tão bem nadar Recebeu dos amigos o sobrenome de Phelps

Com a Ratazana atenta à música das Cocktail que escutava no seu MP3
O Ratão seguia na maior

Mas foram tantas as que fez
Que a mulher de repente se apercebe...

Oh meu grande vadio
E tu minha gata nadadora
Ponho-te as unhas de gel no pescoço e tu vais de vez

Ordinária
Gatafunho
Trabant sem uso e sem concerto
Passaporte fora de prazo

A atirar-se ao meu jeitoso…

Jeitoso?
Grita a outra

Oh filha fica com ele
Tão piroso

Avança então uma Brasileira
Loura e cliente da Ratazana
Mais o marido que vem a cambalear
E não acerta logo à primeira no intuito de à Phelps o cabelo puxar

Mas depois consegue e com muita força

A Micas saca então de uma Chaputa
Fresca e enrolada numa folha de jornal
E pegando no rabo do peixe dá com ele na cara da Paulista

Toma lá que assim já não vais mal

E de dentro do MP3
Continua a soltar-se música
Cocktail
Rita Ribeiro
"O que passou passou"
Mais outras do festival

O chefe do sindicato bate as palmas
Uma Ucraniana mostra o dente de ouro

O Ratão está bravo
Investe nas três que nem um touro

Enquanto a malta reclama
Isto vai atrasar-se
Nunca mais chegamos às Caxinas

O motorista faz uma travagem a fundo
E mete conversa com outro com quem se cruza

Vai aqui uma cena que nem tu imaginas

Coisas do fim do mundo?

Uma cena que já não se usa.

E grita para dentro do autocarro
Tudo para a rua

Grita a Ucraniana:
Estás parvooo o meuuu… Qual é a tua?

E a Phelps ainda com respirar cansado também grita do meio da cena

Eu só saio à porta das piscinas.

A Ratazana derrotada sai da cena amarga que nem o fel
Chora e grita para o marido

Estás a ver…
Por causa de ti estou toda desgrenhada e parti as unhas de gel

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O MUNDO MAIS BONITO E CONFORTÁVEL NUM TEMPO A CHEIRAR A FLORES

TESTAMENTO DE UM ANO COMUM

“Quando mal, nunca pior” ou a inexplicável rendição à mediocridade