CROÁCIA Dia 1 / Dubrovnik / "A liberdade"
Um velho ditado Croata diz que se colocarmos um dedo no mar tocamos no mundo inteiro, porque os mares se unem e se abraçam para dar um definitivo tom azul ao planeta Terra.
O Homem não aprendeu com o mar...
Para lá das montanhas os Bósnios são muçulmanos enquanto os Croatas são Católicos; a Tina, que é a nossa guia Croata mas que fala Português porque não tinha Fernando Pessoa traduzido para a sua língua, confessa o desconforto pelo facto de amanhã irmos passar a fronteira de um país seu inimigo, Montenegro.
A religião e a política a servirem de pretexto para a guerra na traição ao mar e à poesia.
Olhamos Dubrovnik desde o cimo da colina e o facto de 80% dos telhados serem novos confirma quão próximos estamos da guerra de 1991. Uma guerra definitivamente do nosso tempo a sobrepor-se à memória de uma República em que o "Rei Tor" era eleito por um mês para guardar as chaves da fortaleza. Os telhados do Século XX com marcas da guerra a fazerem sombra às inscrições cravadas na pedra: "A liberdade não se vende nem com todo o ouro do mundo" e "O interesse público deve sobrepor-se a qualquer interesse privado".
E pelas notícias que vamos tendo sempre que o Wi-Fi nos surpreende, parece que persiste a coerência na Europa relativamente à traição à liberdade e ao bem estar do povo.
O sol queima, pede garrafas de água, o Mar Adriático puxa-nos para um mergulho...
O Homem não aprendeu com o mar...
Para lá das montanhas os Bósnios são muçulmanos enquanto os Croatas são Católicos; a Tina, que é a nossa guia Croata mas que fala Português porque não tinha Fernando Pessoa traduzido para a sua língua, confessa o desconforto pelo facto de amanhã irmos passar a fronteira de um país seu inimigo, Montenegro.
A religião e a política a servirem de pretexto para a guerra na traição ao mar e à poesia.
Olhamos Dubrovnik desde o cimo da colina e o facto de 80% dos telhados serem novos confirma quão próximos estamos da guerra de 1991. Uma guerra definitivamente do nosso tempo a sobrepor-se à memória de uma República em que o "Rei Tor" era eleito por um mês para guardar as chaves da fortaleza. Os telhados do Século XX com marcas da guerra a fazerem sombra às inscrições cravadas na pedra: "A liberdade não se vende nem com todo o ouro do mundo" e "O interesse público deve sobrepor-se a qualquer interesse privado".
E pelas notícias que vamos tendo sempre que o Wi-Fi nos surpreende, parece que persiste a coerência na Europa relativamente à traição à liberdade e ao bem estar do povo.
O sol queima, pede garrafas de água, o Mar Adriático puxa-nos para um mergulho...
Quase saída há um homem que vende corações dourados. Compramos-lhe dois e ele afirma que há dez anos que está por aqui todos os dias a praticar a linguagem universal: o amor.
Paramos para uma foto à entrada das muralhas e reparamos num tronco de uma amoreira de onde rebentam novas folhas.
Saímos felizes.
Talvez um dia o amor floresça como folhas de um velho tronco e a liberdade se instale definitivamente e se multiplique.
Afinal parece que ainda há milagres...
O Santo Padroeiro de Dubrovnik é São Brás. Vimos três relíquias suas: uma perna no Mosteiro Franciscano, outra perna no Mosteiro Dominicano e uma outra perna no Tesouro da Catedral.
Milagres da multiplicação, claro.
Paramos para uma foto à entrada das muralhas e reparamos num tronco de uma amoreira de onde rebentam novas folhas.
Saímos felizes.
Talvez um dia o amor floresça como folhas de um velho tronco e a liberdade se instale definitivamente e se multiplique.
Afinal parece que ainda há milagres...
O Santo Padroeiro de Dubrovnik é São Brás. Vimos três relíquias suas: uma perna no Mosteiro Franciscano, outra perna no Mosteiro Dominicano e uma outra perna no Tesouro da Catedral.
Milagres da multiplicação, claro.
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