CROÁCIA / MONTENEGRO / BÓSNIA - Dia 2
As montanhas são imensas e oferecem um eco de tranquilidade ao mar que as beija como se de um lago se tratasse.
Ao fundo uma ilha que o Homem construiu como altar para a Senhora do Rochedo, orago e templo de ex-votos gravados em prata; e na torre sineira, um quadro bordado com os cabelos da mulher de um marinheiro que durante 25 anos rezou pelo regresso do seu amado. O louro e as cãs da espera de um quarto de século.
O amor e as suas múltiplas expressões na incursão em Montenegro, um país regressado à independência em 2006.
A guia Tina, que é Croata, contradiz a paz das montanhas ressuscitando ao microfone do autocarro as memórias da guerra e da Jugoslávia onde nasceu; de Tito, o homem de quem ainda recorda os nomes dos cães, e de quem enumera os atentados à liberdade...
E trai o amor das mais bonitas histórias que contou dizendo ser impossível um casamento ou a paixão entre pessoas do seu país com os Montenegrinos ou os Sérvios.
No banco do autocarro onde nos sentamos, o último, eu afirmo não compreender esta atitude.
A Margarida entende-a e oferece-me uma justificação:
- Tu estás apaixonado e não vês impossíveis no amor. Mas eles existem.
E no resto da viagem, entre montanhas, fortalezas, Kotor, Budva, cafés com gelo, agentes da alfândega com preço de garrafas de água fresca, ferries para travessias ao som de música étnica... e tomando a paz de um mar em tom de "lago" e tantas memórias, eu revejo o quadro que teci pedindo à vida que chegasses.
Dei-lhes milhares de cores, todas as cores que tem uma longa espera.
Ao fundo uma ilha que o Homem construiu como altar para a Senhora do Rochedo, orago e templo de ex-votos gravados em prata; e na torre sineira, um quadro bordado com os cabelos da mulher de um marinheiro que durante 25 anos rezou pelo regresso do seu amado. O louro e as cãs da espera de um quarto de século.
O amor e as suas múltiplas expressões na incursão em Montenegro, um país regressado à independência em 2006.
A guia Tina, que é Croata, contradiz a paz das montanhas ressuscitando ao microfone do autocarro as memórias da guerra e da Jugoslávia onde nasceu; de Tito, o homem de quem ainda recorda os nomes dos cães, e de quem enumera os atentados à liberdade...
E trai o amor das mais bonitas histórias que contou dizendo ser impossível um casamento ou a paixão entre pessoas do seu país com os Montenegrinos ou os Sérvios.
No banco do autocarro onde nos sentamos, o último, eu afirmo não compreender esta atitude.
A Margarida entende-a e oferece-me uma justificação:
- Tu estás apaixonado e não vês impossíveis no amor. Mas eles existem.
E no resto da viagem, entre montanhas, fortalezas, Kotor, Budva, cafés com gelo, agentes da alfândega com preço de garrafas de água fresca, ferries para travessias ao som de música étnica... e tomando a paz de um mar em tom de "lago" e tantas memórias, eu revejo o quadro que teci pedindo à vida que chegasses.
Dei-lhes milhares de cores, todas as cores que tem uma longa espera.
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