Gaivotas
Tenho
saudades de um abraço, de um beijo... mas nunca deixa de ser céu esta distância
que nos separa.
Há
entre nós uma eterna coerência de azul e de infinito; no desejo, no céu tantas
vezes tecido apenas pelas palavras com que voamos no sonho e pela liberdade, o
infinito tesouro dos sentidos que se esconde nos mil beijos que me escreves por
entre a palavra amor.
Sim,
somos gaivotas de asas soltas bebendo do vento o impulso de chegar até onde a
vontade nos pede que cheguemos, e por entre o rodopiar doce com que moldamos os
dias, nós paramos pousando junto ao mar provando-lhe o sal e a poesia que só as
ondas sabem cantar, indiferentes aos ruídos sinistros das cavernas que o tempo
teceu nas entranhas da Terra.
Paramos
pousando junto ao mar…
É
quando matamos a fome dos beijos e dos abraços.
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