Tardes de estio
Caminho feliz
com os pés beijando a terra
Passos
certos no privilégio de um imenso chão de heróis
Terra dos
meus avós
Acrópole e
glória por sobre o panteão de todos os medos
Sacra
herança
Altar de um
povo simples
Gente maior
E esta marca
única de ser do campo
Caminho
orgulhoso
E a estrada
tem a bênção do suor
Santo
aspergir da terra pelo rosto do Homem
Ao ritmo do arado
E das sábias
e incansáveis mãos que a rasgam buscando o pão
Tardes de
estio
Tardes de
Alentejo
E a pele
assim entregue ao sol
Sem medo
No tatuar
das rugas
Marca dos
bravos
Troféus no
rosto de quem jamais saberá desistir
Ao longe o
canto
A voz das mulheres
em saias ou canto chão
E o compasso
da roupa batida forte sobre a pedra mais branca na margem do ribeiro
Tardes de
estio
Tardes de
Alentejo
Tardes do
campo
Tardes de
mil heróis
As tardes
desses dias que serão para sempre os meus
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