2015
Refugiados,
Costa, Esquerda, Direita, Islâmico, Jesus, Paris, Terrorismo, Chocalhos,
Corrupção, Sócrates, BANIF…
No
primeiro de Janeiro do ano que agora finda propus-me escrever um diário, não
deixando passar um dia sem um texto partilhado no Pomar das Laranjeiras.
Missão
cumprida.
E
de cada mês destaco alguns títulos que resumem o ano que por aqui vivi no
privilégio da vossa companhia.
Janeiro
“Je
suis Charlie”.
“O
aroma das rosas persiste entre os dedos muito para lá dos instantes em que as
pétalas voam”.
“O
amor é um eterno abraço sem pausas para a solidão”.
“O
sofá de um Homem enamorado é um parapeito de vistas infinitas e ilimitados
horizontes”.
Fevereiro
“Liberdade,
frutos, flores, asas, amor… um rio azul e nós que gostamos tanto de nos ver
assim”.
“A
laje de onde varremos as cinzas é a mesma que servirá de chão ao lume que nos
aquece”.
“Começou
a terceira guerra mundial ou a segunda ainda não acabou?”.
Março
“O
meu país entre o pântano e a tanga”.
“E
há flores e beijos perfeitos no fim de todos os invernos”.
“A
poesia é o perfume perfeito que se colhe de cada momento que vivemos
intensamente pelo prazer de sermos nós”.
Abril
“Viver
é o exercício da minha liberdade”.
“A
tarde adoptou-nos, calou a orfandade das palavras de amor e passeou connosco por
entre a gente e o riso de um domingo de primavera”.
“Os
poetas não compram flores”.
Maio
“Há
dias que sonhámos muito”.
“Os
pássaros e os Homens que gostam de voar”.
“A
primavera às vezes encontra-nos campeões”.
Junho
“Os
canteiros que o dia me oferece”.
“Portugal…
pois claro”.
“Sob
o luar de Santo António”.
“Procurem-me
sempre entre as palavras que escrevo”.
“Enquanto
as hortênsias da Praça se espreguiçavam de cor ao sol do meio-dia”.
Julho
“Para
podermos caminhar só precisamos de ter vontade”.
“Porque
um marinheiro nunca deixa envelhecer o seu amor pelo mar”.
“Já
viste a lua?”
“Lá
fora chove… mas é verão”.
Agosto
“Perdemo-nos
na idade por ganharmos uma nova história”.
“O
importante é o Homem”.
Setembro
“As
tardes de Lisboa são eternas”.
“Os
poetas às vezes choram enquanto rezam”.
“Há
dias que nascem para que nós cumpramos a festa que devemos à vida”.
“A
minha estação preferida”.
Outubro
“Eu
irei votar no próximo domingo”.
“Não
há sequer um pequeno recanto de mim que não more contigo”.
“O
silêncio é a casa onde habitam todas as palavras”.
Novembro
“Quem quer aprender a voar e não tem um avião
constrói um papagaio de papel”.
“Que
mais poderá ser o Homem para lá da sua fé”.
“Porque
razão resistiria eu a falar de Direita e de Esquerda”?
“Notre
coeur est lá liberte”.
Dezembro
“Neste
beijo para onde trouxemos a vida toda”.
“Que
importa o que não se vê, se o universo está todo naquilo que se sente”.
“O
amor é o doce e perfeito sossego que se colhe de dentro de uma alma alegremente
desassossegada”.
“Não
adianta inventarem mais coisas acerca do Natal, ele é apenas Cristo que
acontece”.
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