O amor é o doce e perfeito sossego que se colhe de dentro de uma alma alegremente desassossegada
O
trovador jamais resiste à madrugada, e no seu despertar que abraça o dos dias
em berço de sol nascente, eleva o pensamento para quem ama e espreguiça-se
depois em versos que não têm fim.
Quem
o vê assim em explosão de festa, dirá que o amor lhe enfeitou os modos e o
sorriso, que estendeu longas e garridas colchas desde o seu olhar, a mais
indiscreta das janelas, aquela por onde a alma nunca resiste a debruçar-se e a
espreitar.
E
quando o dia depois corre veloz, porque sempre voa o tempo para quem está
feliz; entre o pensamento e o assobio instala-se uma doce e infinita
cumplicidade por onde também às vezes se soltam palavras, mas daquelas em rima
e tecidas ao jeito de cantar.
Diz-se
que o amor é o doce e perfeito sossego que se colhe de dentro de uma alma
desassossegada. Alegremente desassossegada.
Digo
eu que sim, é verdade. E provo-o pelo ritmo a que as palavras fluem do
pensamento onde tu moras, todo o dia e a começar nos instantes em que comigo se
espreguiça a madrugada.
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