O Natal apaga-nos a idade, entre amigos eternos, e quando o almoço é o minuto zero de uma tarde passada a brincar…
O
chão por onde caminho agradece-me reconhecido as carícias imensas das tardes do
berlinde, e oferece-me generoso, um rumo a que posso chamar meu, a liberdade.
O
inverno debruou a ouro tom de laranjas maduras, o verde que é tecto para os
meus passos, a orla de horizonte onde um pássaro ousou desafiar o frio para se
juntar mim na manhã doce de Natal.
Depois…
Um
café acorda-me as palavras, os amigos fazem com que se soltem entre beijos,
abraços e as muralhas do castelo e da fé; beijamos o Deus menino, assinalamos o
meio-dia com gargalhadas, e nem sei porque falamos dos cinquenta anos que vamos
comemorar no ano que vem…
O
Natal apaga-nos a idade, entre amigos eternos, e quando o almoço é o minuto
zero de uma tarde passada a brincar.
Tomando
balanço no mesmo chão do meu berlinde, o meu sobrinho João põe um avião a
acariciar o ar, muito para lá do tecto das laranjas, e como quem busca o céu.
Escuta-se
o chilrear do mesmo pássaro e este instante é tecido pela mesma liberdade, que
é bênção e herança que tem o seu auge no Natal.
A
liberdade que é a forma mais completa de rezar e é o beijo mais doce que se
oferece ao Deus Menino.
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