No lado direito da saudade
No
lado direito da saudade, na esquina contrária à mágoa, plantei um vaso de
orquídeas que fui regando nas noites de luar enquanto cantava, no intervalo das
palavras de um livro que fui escrevendo para ti.
Sentado
por ali em sossego nos dias de te não ver, dei ao corpo assento num sofá grená
tecido de nuvens e pétalas de flores, e dei sonho á mente em voo rasante sobre
o querer, e num impulso de liberdade.
Eu
sempre soube que voltarias por aquele lado onde a intuição previu a minha
sorte, e que os dois daríamos um abraço sem prazo de validade, cúmplice de
todas as flores.
Das
orquídeas.
E
também das palavras; porque o livro descreve um herói que tem tudo de ti, e
fala do mais perfeito dos amores.
Comentários
Enviar um comentário