Não adianta inventarem mais coisas acerca do Natal: ele é apenas Cristo que acontece
Não adianta inventarem mais coisas acerca do Natal:
ele é apenas Cristo que acontece.
E nem adianta que as palavras dos humanos credos se
revistam de ouro nos recantos sumptuosos dos templos ou nas vias imensas e caras
das cidades; Cristo mora nas nossas mãos às vezes cansadas, e acontece quando
elas se tornam as mãos de quem espera, e semeiam vida.
As mãos e os gestos tão insignificantes e simples como
recortar palhaços para enfeitarem uma árvore de cartão.
Numa manhã de sol...
Que a tarde trará uma brisa suave para abençoar os
passos da solidão onde o poeta repousa e colhe os seus versos.
Quando as árvores nos abrigam e nem damos pela
ausência do céu; tal o tanto de infinito que mora na brisa do beijo que
desejamos.
Cristo também mora na honestidade íntima dos afectos.
E entre os gestos e a poesia vai acontecendo o meu
Natal.
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