Quadras ao jeito do campo
No
passado dia 13 tive o privilégio de participar em Coruche numa tertúlia poética
cujo tema era “Entre a charneca e a lezíria”.
Fiz
então algumas quadras que entre uma coisa e outra são definitivamente ao jeito
do campo. Partilho-as:
De urze bem
perfumada
Saiu a
charneca a cantar
Tão feliz,
apaixonada
Para a
lezíria conquistar
Já Coruche
estava à vista
E o Sorraia
por perto
Quando rogou
que na conquista
Tudo fosse
bater certo
E no Castelo,
a Senhora
Que os campos
conhece bem
Disse-lhe que
em frente fora
Com a coragem
que convém
Chegado então
o momento
A Charneca
respirou fundo
Bebeu do amor
o alento
E a maior
paixão do mundo
Lezíria meu
amor primeiro
Meu jardim à
beira d'água
Aceita-me
assim trigueiro
Apaga as
minhas dores, a mágoa
Lezíria do
Tejo rainha
Verde
infinito, amor, verdade
Eu quero que
sejas minha
Desde aqui à
eternidade
Ai Charneca
há quantos anos
Que eu te esperava
aqui
De entre os
campos lusitanos
Eu só te
quero mesmo a ti
E a Lezíria e
a Charneca
Casaram sob o
céu azul
Que adiar o
sonho, hipoteca
O amor, a
perfeição do sul.
E
como hoje é Sexta-feira e véspera de um fim-de-semana, aqui vai só para vocês:
Hoje é dia de
São Tiago
Discípulo de Compostela
Não bebam a
vida de um trago
Com amor e fé…
desfrutem dela.
Um grande
abraço
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