Começou a terceira guerra mundial ou a segunda ainda não acabou?
Legítimos
herdeiros do imperador Nero Claudius
Cæsar Augustus Germanicus e agarrados às suas liras enquanto “Roma” arde,
os Portugueses divertem-se ao redor das cervejas Sagres e dos “frangos”,
enquanto as Portuguesas sussurram entre amigas os segredos que as “Sombras de
Grey” lhes revelaram relativamente ao inóspito universo guardado por detrás da
sua genitália.
Eu
avanço por entre eles, amigo do ambiente, com as mãos ocupadas pelas compras do
supermercado e inspirado pela recusa em pagar dez cêntimos por cada saco de
plástico.
“Roma”
arde… e a Grécia também.
Quando
os homens de Esparta chegaram a Tróia para resgatar Helena que fugira para lá
na companhia de Páris, a batalha foi dura. Mas um certo dia os Troianos
descobriram que o acampamento dos seus inimigos estava vazio e no meio dele
brilhava um enorme cavalo de madeira que pensaram ser um presente.
Assumiram
assim que a guerra estava ganha e empurraram o cavalo para dentro das suas
muralhas sem saber que transportavam nele os homens de Esparta que saídos do dito
animal gigante, os fizeram perder a guerra.
A
ideia de Odisseu resultou e Helena fugiu.
Pensarão
os Gregos e pensaremos nós que a história se repete, e de que há e sempre existiu
veneno guardado na celebração de uma falsa unidade chamada Euro, num
acampamento aparentemente vazio e de paz.
A
austeridade que saiu de lá de dentro…
Vai
dura a guerra, porque serão sempre duras as batalhas entre a “Kratia” (poder)
do “Demos” (povo) e todas as “Kratia’s” de tantos interesses.
Começou
a terceira guerra mundial ou a segunda ainda não acabou?
Não
esteve aparentemente vazio “o acampamento” durante décadas para que os soldados
se pudessem realinhar e camuflar?
A
Europa e a Democracia ardem e são de cinza todas as sombras e não de Grey, com
a agravante de a paz ir sucumbindo também aos “santos” argumentos das guerras
entre militâncias nos Olimpos das religiões.
Tenho
tanto medo quando os Homens assumem para si próprios a sobranceria que julgam
morar nos seus Deuses.
Pouso
as compras na mala do carro e ligo o rádio a tempo de à hora certa ouvir o Pontifex Maximus (o pontífice máximo), o
político “espartano” na sua esquizofrenia anti-políticos, afirmar que os
malandros dos Gregos já muitos “capitéis” montaram à nossa custa.
A
amnésia segue sendo a arma preferida dos chefes (e dos não-políticos) de “Roma”.
E
quem lhe pagou as vias todas onde inscreveu o nome em placas douradas
juntamente com o dos seus “impolutos” soldados entretanto perdidos nas guerras
sujas e mundanas do capital?
“Roma”
arde por entre a orfandade de não ter líderes.
Até
Juncker já diz que pecou contra a dignidade da Grécia… e de “Roma”.
Novo
Cavalo de Tróia?
Chego
a casa com as mãos ocupadas pelas compras e nem sequer ligo a televisão.
A
Teresa Guilherme tem um insuportável toque de lira que me irrita por entre o
estalido das chamas.
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